terça-feira, 21 de setembro de 2010

BRINCAR COM SIGNIFICADOS

Este texto não é para ser interpretado de forma literal.

Quero, neste momento, expor uma questão, que a despeito de opiniões contrárias, reputo filosófica.

Tomemos como exemplo demonstrativo, a chuva.

Em qualquer lugar, ao ar livre, onde não haja qualquer coisa que sirva de cobertura, a chuva pode cair ao chão sem nenhum motivo impediente.

Dentro de uma casa ou em qualquer outro ambiente fechado, a chuva geralmente não cai em seu interior, em razão de um fator impeditivo que pode ser um telhado ou algo que o valha. Porém, se houver orifícios, rachaduras, etc., no recinto, a água da chuva poderá cair no interior desse espaço coberto.

Mas há lugares onde a chuva não tem possibilidade alguma de cair. Tais lugares situam-se, por exemplo, no fundo do mar, uma vez que tal ambiente é composto, em sua totalidade, obviamente de água.

Agora, deve-se formular uma pergunta em razão da suposta validade de sentido, pelo menos do ponto de vista da quantidade.

Para quê chover sobre o mar?

Isto é algo incompatível com a lógica, uma vez que já há quantidade suficientemente grande de água no oceano, inviabilizando a necessidade da chuva.

O que se pode aproveitar da leitura de um texto como este?

Eis a questão...


Nota do autor.

Estamos cercados de um completo caos universal. Nossas mentes é que interpretam o universo caótico que nos rodeia, categorizando, ou seja, medindo, quantificando, qualificando, analisando, nomeando, etc. São, assim, criados diversos paradigmas que nos dão ilusão de organização e equilíbrio.

A linguagem nos permite brincar com as significações criadas.

Roberto Armorizzi

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

METÁFORA DA “LAMBANÇA”

“Lambança”,
balança
não alcança.

Nota do autor.
"Não dá para mensurar, com ética, certos comportamentos."

terça-feira, 14 de setembro de 2010

NÃO ACHEI UM TÍTULO PARA ESTE TEXTO



Castelo, soldado a bater;
soldado, castelo a beber!

Farinha, barriga a encher;
barriga, farinha a caber!

Fazenda, cavalo a correr,
cavalo, fazenda a querer!

Pessoa, cidade a crescer;
cidade, pessoa a sofrer!

Nota do autor.
‘A “desordem da ordem” tirou-me o sentido de encontrar um título para esta poesia e de expressar uma nota que não fosse esta explicação.’

Roberto Armorizzi

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

TRAÇOS ETERNOS

Quero olhar para você
e cantar suas canções,
quero falar com você
e ouvir suas razões;

é tão bom saber
que traços eternos
levam luzes
de seus pensamentos;

é bom compreender
que longos invernos
encerram mil sombras
de tantos momentos;

mas para que chorar,
se vale a pena sorrir?

Então;

“apague” a sombra,
vem, na luz, investir;
“acenda” o brilho,
par’a vida seguir.

Nota do autor.
‘Não faça caso da luz perdida. “Acenda” o brilho.’

Roberto Armorizzi

BOM-DE-BOLA

É certo que o mundo é‘uma bola,

que está sempre por um segundo,

porém, jamais é “bom-de-bola”

aquele que “chuta o mundo”!


Nota do autor.

“A vida é bola no pé.”


Roberto Armorizzi

ALITERAÇÕES SOBRE O “COMER”


Conversas amáveis,
de formas “cantáveis”,
fingindo duráveis,
enfim, só “gozáveis”;

manjares “comíveis”,
saltando seus níveis,
mostrando, visíveis,
os dons acessíveis;

emoções volúveis,
momentos tão dúbeis
questões insolúveis,
que vivem nas “nuvens”.

Nota do auto.
“Situações as quais comer nem sempre é comer.”

Roberto Armorizzi

sábado, 4 de setembro de 2010

QUESTÃO FILOSÓFICA

Deus existe?
Homem insiste?
Diga, Nietzsche!

Nota do autor.
“Uma resposta em cada um”

Roberto Armorizzi