terça-feira, 21 de setembro de 2010

BRINCAR COM SIGNIFICADOS

Este texto não é para ser interpretado de forma literal.

Quero, neste momento, expor uma questão, que a despeito de opiniões contrárias, reputo filosófica.

Tomemos como exemplo demonstrativo, a chuva.

Em qualquer lugar, ao ar livre, onde não haja qualquer coisa que sirva de cobertura, a chuva pode cair ao chão sem nenhum motivo impediente.

Dentro de uma casa ou em qualquer outro ambiente fechado, a chuva geralmente não cai em seu interior, em razão de um fator impeditivo que pode ser um telhado ou algo que o valha. Porém, se houver orifícios, rachaduras, etc., no recinto, a água da chuva poderá cair no interior desse espaço coberto.

Mas há lugares onde a chuva não tem possibilidade alguma de cair. Tais lugares situam-se, por exemplo, no fundo do mar, uma vez que tal ambiente é composto, em sua totalidade, obviamente de água.

Agora, deve-se formular uma pergunta em razão da suposta validade de sentido, pelo menos do ponto de vista da quantidade.

Para quê chover sobre o mar?

Isto é algo incompatível com a lógica, uma vez que já há quantidade suficientemente grande de água no oceano, inviabilizando a necessidade da chuva.

O que se pode aproveitar da leitura de um texto como este?

Eis a questão...


Nota do autor.

Estamos cercados de um completo caos universal. Nossas mentes é que interpretam o universo caótico que nos rodeia, categorizando, ou seja, medindo, quantificando, qualificando, analisando, nomeando, etc. São, assim, criados diversos paradigmas que nos dão ilusão de organização e equilíbrio.

A linguagem nos permite brincar com as significações criadas.

Roberto Armorizzi

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