sexta-feira, 11 de novembro de 2011

MUITO TEMPO


No dia-a-dia,
há muito tempo, não via,
cadeira vazia.

CHUVA FINA NÃO-BOA

 
Ai, que triste chuva fina,
sem o vento que a vida, empina,
vem dos frios ares do sul,
ao sudeste de nossa esquina,
cai, em vão, de’um céu não-azul,
em quem se vai,
assim tão menina.

Ai, chuva fina. É garoa,
que descansa no ar, bem à-toa,
como véu de gotículas, que voa
na manhã que seria verão.
Que chuva fina não-boa,
celebriza o frio a São Paulo,
e tira o sol da Gamboa.

Nota do autor.
“Um dia, nos reencontraremos, meu doce Anjo Lilás.”