sexta-feira, 15 de novembro de 2019
POEMA A NÓS
Poema sou,
poema eu,
sou poema.
Poema és,
poema tu,
és poema.
Poema somos,
poema nós,
somos poema.
MEU GALO É POETA
Eu tenho um galo,
que é uma piada,
canta no embalo,
da madrugada.
Ele me acorda,
isto é o fim,
e pinta e borda,
cantando assim:
pé, ré, pé, pé ...
pó, ró, pó, pó ...
qué, ré, qué, qué ...
có, có, ri, có !!!
MARIPOSA
Olho seu escuro manto, a ouvir seu claro canto, mariposa, voz alada, na linda noite apagada, no voar de suas luzes, eu a vejo, ó minha amada, Mariposa, eu sei que é fada, no veio da longa estrada, em meio a via enfeitada, pela sua incrível asa, leve mundo que extravasa, ao chegar a alvorada.
BEM-TE-VI A SOLFEJAR
O bem-te-vi cantou em mi, e modulou depois em si, para você, fez "ri-pi-pi", ele solfeja sempre ali, você não ouve, não sorri, ao lindo show do bem-te-vi, você se vai ao vê-lo aqui, ao se lembrar dele, só ri, não sabe amar o bem-te-vi.
POESIA E SEU TEMPO (metapoema)
Mesmo que volte ao passado,
mesmo que vá ao futuro,
poesia, presente, não ignora.
Mesmo que tenha raiado,
um dia claro ou escuro,
poesia é sempre aqui-e-agora.
NO CURSO DO SOL
Amo o sol que nasce,
penso no ser que cresce,
vejo na cor da face,
tempo que não fenece.
penso no ser que cresce,
vejo na cor da face,
tempo que não fenece.
Curvo, em luz noturna,
formo meu universo,
mas quero voz diurna,
para dizer meu verso.
formo meu universo,
mas quero voz diurna,
para dizer meu verso.
Sentindo sol que venta,
sigo sem mesmo ver,
como quem sempre tenta,
meu curso de viver.
sigo sem mesmo ver,
como quem sempre tenta,
meu curso de viver.
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