domingo, 9 de dezembro de 2012

NOVO DIA


                                                          
De manhã acordei bem tacanho,
logo após tudo era estranho,

meio-dia perdi toda a pista,
mas depois percebi bela vista,

veio a tarde, eu senti meu cansaço,
mas foi bom, pois ganhei mais abraço,

surge a noite, eu fiquei só na rua,
foi demais contemplar linda lua,

madrugada tocou seu alerta,
respeitar a cidade inquieta,

com a luz veio o sol, novo dia,
finalmente a paz e harmonia.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

SORRISO AMARELO


"Um sorriso amarelo pode não ser apenas questão de deficiência de escovação ou de tártaros em excesso."

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

ALQUIMIA


Tal qual licor que preenche furúnculo,
sêmen e esterco recheiam corpúsculo.
Surge o homúnculo.

O OUTRO LADO


Não pensar,
nos faz mais pensar
em não pensar.

CISÃO


Figuras, caretas,
parecem capetas,
e andam cambetas,
abstrata expressão.

Muralhas bem pretas,
desabam nas gretas,
fatais, violetas,
minha construção.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

SENTIDO DO IR, VIR E EXISTIR


Gente que bate com vara,
esbofeteia a cara,
corre, introduz sempre a dor,

mente na verdade clara,
a vil sentença, exara,
sem sentir por dentro, amor.

Muitas voltas vêm sinceras,
idas ficam nas esperas,
longe, lá se vai o sorrir,

por vezes, vamos bem perto,
mas logo, caminho’incerto,
só nos traz o não refletir.

O partir pode ter razão,
ficar pode ser tudo em vão,
pior não iria ferir,

que seja somente paixão,
amor ou completo perdão,
não é tão-somente’existir.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

sábado, 9 de junho de 2012

FARINHA

                                  

Farinha crua,
farinha é comida,
em toda rua.


Nota do autor.
“Alimento universal, pois da farinha se faz o pão.”

sábado, 12 de maio de 2012

POÇÃO MÁGICA - PANACEIA


Grão de lentilha,
graveto de forquilha,
salsaparrilha.


Nota do autor.
“Com uma pitada de cada, fica formada a garrafada, com um litro de água panada.”

Obs. “Isto é apenas um pequeno poema, totalmente fictício.”

quinta-feira, 29 de março de 2012

O ETERNO ESTÁ NO OLHAR DO GESTO

Pessoa que passa,
é ela que prende,
tão forte, é massa,
mas fraca, depende.

É raça, pessoa,
de onde descende,
será que é boa,
ou só se defende?

Por que vai correr,
se quer bem ficar,
viver por viver,
faz sempre chorar.

Tão cedo, povoa,
preenche lugar,
eterna pessoa,
de gesto e olhar.


Nota do autor.
“O olhar do gesto o faz infinito.”

domingo, 18 de março de 2012

PECADO ORIGINAL


Leva no mundo,
rastro pecaminoso,
corpo gozoso.


Nota do autor.
“Após a queda.”

ESCOMBROSAS HIPERPARABOLAÇÕES

Perdidos nas parábolas,
nas hipérboles, nos estrondos e seus escombros,
estão os que ainda restaram deuses.

Achados nas imaculadas
e extremas forças perfeitas, estreitas em suas seitas,
estão os que ainda ficarão Deus.

Dúzias e mais dúzias de espantos,
ao sim do sabujo real,
rotundam mil almas serenas,
cercadas de bem e mal,

no tempo que jaz igual.



“Não há nota do autor.”

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

FOBIA


Este animal,
que a mim desacata,
é meu ancestral?
Horrível barata!


Nota do autor.
"A ancestralidade pode explicar uma fobia?"

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

UM QUILO DE ABUNDÂNCIA


Não confunda
aquilo em que tudo falta,
com o quilo do que mais abunda.

Nota do autor.
‘Relação entre “faltância” e abundância.’

SANTO DE CARTAZ FLUTUANTE



A ave brilhante
pousou-me de perdão,
no que era voo
de nuvem em torno de chão,

e ela foi alçada
por aquele santo
de cartaz flutuante,

e ele a levou para o céu,
nessa noite de tempo,
mero instante,

e eu estou no fio que parte
no brilho passante

do tempo que é como ave em voo rasante.

Nota do autor.
“Metáfora de tempo em sopro de vida.”

MUSEU PARANOICO

Por aqui não se vê mais o mar,
de querer, de molhar, aos meus pés,
veio a mim um museu secular,
como tumba do velho Ramsés,

nesta hora eu não sinto areia,
que outrora coçava meus dedos,
num instante minh’alma falseia,
como pólvora de mudos torpedos,

que lugar infernal, silencio,
onde quadros e almas se velam,
não sou mais, e sem mar, sentencio,
entre pós e as sanções que escalpelam,

quero ao mundo salino, voltar,
como areia, espalhar meu destino,
ser o dia brilhante, reinar,
com razão, sem castelo, nem sino.


terça-feira, 31 de janeiro de 2012

REVÉS DO TEMPO


No último tempo,
sempre ao revés do vento,
ela aqui está.

QUAL O MELHOR SORRISO?

Pensar sorrindo,
a si, mentindo,
“não existindo”.

Sorrir pensando,
só “inventando”,
nunca sonhando.

Vai de improviso,
pois é preciso
um bom sorriso.

Ah, é tão lindo
sorrir sorrindo!

sábado, 21 de janeiro de 2012

PENSAMENTO

Pessoas podem surgir do nada e cair de para-quedas em nossas vidas. Isto é normal. Mas se elas se intitularem nossas amigas, pode ser complicado. Amizade se faz com o tempo, no passo-a-passo. Ela não surge, nem se vai num simples flash. Se assim for, não é amizade.

sábado, 14 de janeiro de 2012

SILÊNCIO SECULAR


Não fiz o silêncio que pedias.
Não sabia se eras mesmo tu.

Meu maior medo é que a passagem
tenha se fechado
quando gritei para ires embora.

Não suportei
meu pusilânime pavor noturno.

Perdão!
Tu sempre serás meu amor secular!

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

FAÇA MAIS AMOR


Se a guerra,
o amor, enterra,
a vida, encerra,
o filho, desterra;

se a guerra,
o mundo, emperra,
por que ele berra
guerra?!

Faça mais amor,
a paz é sempre necessária!

Nota do autor.
“Este é um poema de amor e paz.”

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

MEU ANJO LILÁS

                                 

                        ADQUIRA MEU LIVRO NO CLUBE DE AUTORES

                                                            Site:
                                          http://clubedeautores.com.br/



                                   

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

PÁSSARO DE SOFIA


Quando o frio olhar da noite via
todo o saber da vida, que sucumbia,

veio em luz comer na mão de Sofia,
leve e grande pássaro da sabedoria,

qual raio de sol iluminando mentes rasas,
chegou batendo um grande livro como asas,

sobrevoou mil lindos campos com o vento,
e bem assim correu cidades num momento,

soltando plumas de amor e bem querer,
e cobriu homens de elementos do saber.

PEDAÇOS DA ALMA


Perdão,
se pede,
não se perde,
perdoa,
perdoo,
peço perdão...

Triste ida,
reclama vida.
Sem ela,
drama,
vela,
chama,
zela,

chama,
a ela,
vela ...

Não vi,
perdi,
partiu,
não vivi ...

Queria cantar
encantado canto,
mas desconto
o som
não cantado,
em meu tanto
cansado,
e me ponho calado.

Vestido,
me ponho,
em roupão
medonho,
vertido,
me engano,
tão dentro
do pano.

Sem vestes,
me cubro
de chumbo
insano,
meu traço
humano
se vai,
deste plano.

Vem dela
meu traço,
nas telas
que faço,
pintando
do ontem,
tão belas,
eu trago,
mas hoje,
chorando,
não fico,
me apago ...

Perder,
nem pensar,
preciso ficar!

Minhas dores,
vão aí,
meu carinho,
está aqui,
o que pedes,
não ouvi,
o que queres,
escrevi,
o que sonho,
não pedi,
o que amo,
vem de ti.

Vida
não seguida
triste partida.

Morro
só de ver
o que morre
sem querer.

Que tolo fui
em não olhar,
que triste sou
ao ver agora,
passar a chuva,
assim mergulho
em água turva.

Bem que queria
não ser assim,
mas voz se cala
dentro de mim.

Um leve sonho,
que foi feliz,
não escapou,
nem por um triz.

Rosto cruel,
eu vejo agora,
é minha vida
que ora chora.

As minhas unhas,
sujas de ilusão,
esgravatam sonhos
perdidos no chão.


Nota do autor.
“Pedaços do eu na fragmentação das aparências.”