sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
BRAVA RODOVIA
segunda-feira, 16 de dezembro de 2024
ESTRELAS-VERÃO
Em tardes tão ensolaradas
Há figuras que não vejo no céu
Mas depois elas viram lindas fadas
E mostram luzeiros pela noite sem véu
segunda-feira, 9 de dezembro de 2024
VERÃO
Em criança, era sempre assim
Eu, à tarde, ouvia o Crispim
Que ora escuto cantar para mim
Na jaqueira do Seu Serafim
Amanhã não sei se voltará
Ou se vai para o lado de lá
Mas espero por ele aqui
Quero ouvir o cantar do Saci
sábado, 7 de dezembro de 2024
FATAL DES-RUMO
Barco à deriva
Verdade perdida
Ou mera renúncia sentida
Sem leste e oeste, nem sorte
Só ventos de sul e de norte
Barco à deriva
Triste expectativa
De medo e dor corrosiva
Que mostra amor sem suporte
Do um mar que projeta a morte
sexta-feira, 29 de novembro de 2024
INUSITADO DES-LIRISMO
Àquele que não tem, de ver, olhos,
o pássaro de voo invisível
mostra qualquer direção em abrolhos,
pois
há de ver, por antecipação,
o que não se quer entender por depois.
OLHAR DE ENCANTO
... Tão de repente,
o olhar se sente,
irreverente,
em corpo e mente,
e,
literalmente,
encanta a gente.
sábado, 23 de novembro de 2024
quinta-feira, 21 de novembro de 2024
PENA PATERNA
Mundo inconsciente tem discurso
E parece um livro sem capa
Sem ter edição, mas dimensão
Esse livro é do pai, em seu nome
Ao ver que incomoda, cala
O filho tem sono, logo dorme
E segue em sonho desperto
Pena paterna escreve em silêncio
Perfil de signo (símbolo) ela descreve
quarta-feira, 20 de novembro de 2024
domingo, 17 de novembro de 2024
sexta-feira, 15 de novembro de 2024
quarta-feira, 6 de novembro de 2024
PEDRA VÍTREA
Uma pedra achei na praia
Onde a água invade rasa
E a levei à minha casa
Uma pedra grande e bela
Que com vidro se parece
Quem a vê jamais esquece
Está no chão do meu jardim
Onde flor esbanja cor
E exala todo olor
Mineral não sente nada
Mas quem sabe tem as vias
De ocultar minhas manias
SUBLIMAÇÃO (poema surrealista)
O diálogo, em arte sensível
Com o mais criativo artista
Sublimando o gozo erotível
É um sonho de psicanalista
TROÇA INFAME
Com base em mais um contato com seres de outros orbes, trago aqui o caso de um ser extraterrestre que, por causa de uma pane ocorrida em sua nave, não teve outra alternativa senão fazer uma aterrisagem forçada dentro de um conhecido rio localizado em São Paulo.
Como eu estava perto da margem, resolvi ajudá-lo a sair daquela situação. Sem muito pensar, mergulhei nas turvas águas, conseguindo livrá-lo de sofrer um trágico afogamento.
Como típico carioca que sou, logo lhe perguntei: "Você está bem, tio"? Contudo, ele nada respondeu, demonstrando não entender minha linguagem.
Assim, pude compreender que estava diante de um ET, ou melhor, um "tio ET".
POEMÁTICO DELÍRIO
O dia passa
O barco chega
Noite é escassa
Nada aconchega
Manhã se nega, atrás do monte
A folha é seca, vida não tem
Manhã não vê seu horizonte
Está tão longe, em céu de além
Nem de longe vejo o fim
Minha nave é bem cruel
O espaço está em mim
Como sonda, rompo o véu
Que separa o não do sim
Cosmo é minha babel
Eu em queda, ele sem fim